REPLETO DE AMOR

Eu vou no passado entender o resto que falta. O que me falta hoje, que antes não faltava? "Por que" ao invés de "porque"? Há se as dúvidas fossem o preenchimento do vazio que um amor não resolvido deixa na lembrança com saudade eterna. Eu olho meu rastro, as vezes marcas dos meus pés vagavam sozinhas, as vezes em companhia, mas a umidade das lágrimas largadas no solo, não respeitaram o momento, singravam a esmo, nesse rastro de indefinição. Hoje eu sinto o peso da solidão, uma solidão tão específica, que não se define por número, somente por poesia. O que falta, faltou e sempre faltará, a perfeição que não existe na emoção de uma louca paixão, não falta pela presença, mas pela inexistência de uma expectativa de um amor perfeito numa vida repleta de ignorância. Talvez um pouco de boa vontade arrumasse um puxadinho o suficiente para se viver a dois, com momentos repletos de muito amor.