Distopia do tempo
Insólitas são as horas –
Que passo por este mundo a navegar.
A ilusão perdida por entre o olhar,
Se desconectam as pessoas -
Sem ao menos se importar.
O ser humano é volúvel!
Como sempre egoísta -
Por isso, fecho-me em casulo,
Na distopia do tempo.
Nada é mais significativo,
Um mundo real e abstrato.
Cada escolha,
Tem a sua consequência.
Que tal esperar para ver qual é?
Não dá para confiar,
Não dá para acertar.
Saber o que é certo ou errado,
As tentações chegam como nuances.
Sem deixar escapatória.
Quando percebemos,
Estamos enveredados por seus jogos –
Armadilhas.
Ao nos depararmos é tarde demais,
Não tem como voltar atrás.
Quebraram-se a firmeza e o concreto,
Sem nenhuma chance de revitalização.
As tempestades apocalípticas,
São como um banho de radiação.
Lavando a alma,
Retirando o resquício –
Do que se tornou velho.
As mudanças sempre são boas,
Para compreendermos de fato –
O que é para ser.
Antes no meu invólucro - Sozinha,
Do que com alguém –
Que não tem a compreensão,
Daquilo que sou –
Ou me tornei.
A tormenta –
A transmutação –
É a chave para a transição.
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