Distopia do tempo

Insólitas são as horas –

Que passo por este mundo a navegar.

A ilusão perdida por entre o olhar,

Se desconectam as pessoas -

Sem ao menos se importar.

O ser humano é volúvel!

Como sempre egoísta -

Por isso, fecho-me em casulo,

Na distopia do tempo.

Nada é mais significativo,

Um mundo real e abstrato.

Cada escolha,

Tem a sua consequência.

Que tal esperar para ver qual é?

Não dá para confiar,

Não dá para acertar.

Saber o que é certo ou errado,

As tentações chegam como nuances.

Sem deixar escapatória.

Quando percebemos,

Estamos enveredados por seus jogos –

Armadilhas.

Ao nos depararmos é tarde demais,

Não tem como voltar atrás.

Quebraram-se a firmeza e o concreto,

Sem nenhuma chance de revitalização.

As tempestades apocalípticas,

São como um banho de radiação.

Lavando a alma,

Retirando o resquício –

Do que se tornou velho.

As mudanças sempre são boas,

Para compreendermos de fato –

O que é para ser.

Antes no meu invólucro - Sozinha,

Do que com alguém –

Que não tem a compreensão,

Daquilo que sou –

Ou me tornei.

A tormenta –

A transmutação –

É a chave para a transição.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 08/12/2022
Código do texto: T7667490
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