Feliz constatação
O sol nasce em mais uma manhã,
Bons presságios.
Olhos bem abertos,
Para contemplar cada segundo.
O canto da cigarra,
Anunciando outro dia de calor.
Estamos vivos!
Respirando!
Quem diria?
Na luminescência,
Entorpece os sentidos –
De quem sabe admirar.
Na labuta diária,
Entre um intervalo e outro –
Resplandecente maestria.
Na lucidez,
Revigorando as energias.
Para continuar renovando o ar,
A inspiração –
A expiração!
Infelizmente,
Nem todos têm a sensibilidade –
Em apreciar,
Por mais simples que sejam –
Estes momentos.
Não é inevitável passatempo,
E sim, divertimento.
A conexão –
A troca de sinergias –
A realização,
Com o sobrenatural.
Parâmetro nada casual,
Para a existência primordial.
Há mistérios significativos,
Muitos estão ao nosso alcance.
Mas não somos capazes de enxergar,
Nem mesmo de relance.
O egoísmo presente,
Maior do que qualquer explicação.
No instante necessário,
Cairá sobre o chão o véu.
As palavras –
As frases –
Farão todo o sentido.
Na separação da luz e sombra,
O mal aniquilado –
Transmutara-se-a.
Não será mais lembrado,
Viveremos em outra dimensão –
Feliz constatação.
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