Essência transmutável

A corda sempre arrebenta do lado mais fraco,

A ruptura do sistema –

Governantes vis armando os esquemas.

Não importa as consequências,

Menores são os dilemas.

Para eles relativizando a dor,

A população servil no clamor –

Concatenando a exclusão.

Os menos favorecidos,

Movimentos ao contrário –

Oscilação em que nada prova.

A força –

O nado de encontro à correnteza,

Embalos aleatórios,

Em busca da satisfação.

Unindo as vozes,

Uníssonas –

Tal qual a efêmera realização.

Os fatos ordinários,

Atropelos diários.

Na vertente,

Areia quente.

Tramas inescrupulosas,

Prendendo-nos nas teias.

No espaço mínimo de tempo,

O desafio –

O momento do desperdício.

Aventuramos-nos –

Por caminhos desconhecidos.

Este é o nosso vício,

Sem medirmos a consequência.

Os seres humanos,

Têm um triste costume.

Em querer julgar,

Para aniquilar criando escudos.

Tornando o outro vulnerável,

Este é o acúmulo do absurdo.

Será que no Planeta Terra –

Somos os intrusos?

Ao ponto de não sabermos cuidar,

Compactuando com a destruição.

Quem sabe? Se em algum momento,

Possamos transmutar a realidade -

Quando chegar a hora da evolução.

No instante presente,

Somos uma incógnita,

Mais um ponto de interrogação.

A essência transmutável,

Em ação volúvel -

Pendendo para o bem e o mal.

Somente a transitoriedade dimensional,

Poderá resolver as velhas questões –

Ou nos depararmos com o desprazer,

Da involução.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 05/12/2022
Código do texto: T7665198
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