Essência transmutável
A corda sempre arrebenta do lado mais fraco,
A ruptura do sistema –
Governantes vis armando os esquemas.
Não importa as consequências,
Menores são os dilemas.
Para eles relativizando a dor,
A população servil no clamor –
Concatenando a exclusão.
Os menos favorecidos,
Movimentos ao contrário –
Oscilação em que nada prova.
A força –
O nado de encontro à correnteza,
Embalos aleatórios,
Em busca da satisfação.
Unindo as vozes,
Uníssonas –
Tal qual a efêmera realização.
Os fatos ordinários,
Atropelos diários.
Na vertente,
Areia quente.
Tramas inescrupulosas,
Prendendo-nos nas teias.
No espaço mínimo de tempo,
O desafio –
O momento do desperdício.
Aventuramos-nos –
Por caminhos desconhecidos.
Este é o nosso vício,
Sem medirmos a consequência.
Os seres humanos,
Têm um triste costume.
Em querer julgar,
Para aniquilar criando escudos.
Tornando o outro vulnerável,
Este é o acúmulo do absurdo.
Será que no Planeta Terra –
Somos os intrusos?
Ao ponto de não sabermos cuidar,
Compactuando com a destruição.
Quem sabe? Se em algum momento,
Possamos transmutar a realidade -
Quando chegar a hora da evolução.
No instante presente,
Somos uma incógnita,
Mais um ponto de interrogação.
A essência transmutável,
Em ação volúvel -
Pendendo para o bem e o mal.
Somente a transitoriedade dimensional,
Poderá resolver as velhas questões –
Ou nos depararmos com o desprazer,
Da involução.
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