Esperam que eu morra

Esperam que eu morra para imortalizarem-me.

Os mesmos que não sabiam-me, não liam-me, não queriam-me, dirão:

"Que brilhante era!"

"O quanto fazia!"

"Quanta arte!"

"Quanto talento!"

E o silêncio de minha indiferença será a resposta. Estarei morta!

Nada mais valerei, a não ser aos vermes.

De nada me servirão os reconhecimentos póstumos.

A glória que espera-me não é de vaidade, esta morrerá comigo.