Ar após a morte
Vivo na terra dos mortos
E alma na terra dos vivos,
Renaltece me o desejo da
Vida quando já não há vida.
O silêncio assombra
Minha alma, e a escuridão
Faz de mim um não ser,
Que nems meu rosto toco
Com a palma.
Procuro a paz num mundo
Alheio, assim anseio voltar
Ao mundo no qual não
Sei ao certo.
Da alma que surta
A um corpo sem estrutura
Vivo nesse abismo da inconsciencia
Onde os vivos e os mortos
comungam a mesma penitência
Vivo estou! Numa alma
Morta, o abismo da incerteza
Torna a alma morta, vivo
A cada passo da vida
E a vida da alma.