Ar após a morte

Vivo na terra dos mortos

E alma na terra dos vivos,

Renaltece me o desejo da

Vida quando já não há vida.

O silêncio assombra

Minha alma, e a escuridão

Faz de mim um não ser,

Que nems meu rosto toco

Com a palma.

Procuro a paz num mundo

Alheio, assim anseio voltar

Ao mundo no qual não

Sei ao certo.

Da alma que surta

A um corpo sem estrutura

Vivo nesse abismo da inconsciencia

Onde os vivos e os mortos

comungam a mesma penitência

Vivo estou! Numa alma

Morta, o abismo da incerteza

Torna a alma morta, vivo

A cada passo da vida

E a vida da alma.

Oliveira Augusto
Enviado por Oliveira Augusto em 04/12/2022
Reeditado em 04/12/2022
Código do texto: T7664399
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