DIVAGAR
Escrever é algo viciante que cria um que de dependência.
Quanto mais se escreve, mais o papel te pede mais, mais... mais
Às vezes chego a sentir que o papel me domina e que é ele quem dita as frases que escrevo.
Então me revolto e não aceito aceitar o domínio.
Não queria falar de amor, muito menos de coisa tristes.
Hoje queria o sol iluminando tudo e a cor das flores espalhando alegria.
Ah! Aquela flor amarela, que bela em sua singelitude, parece me sorrir e
me falar de um momento bom. Vivido? Sonhado? Prá que saber.
Não importa, ela me fala em seu silencio e eu a entendo . Seu leve balançar me faz perceber o sopro da brisa.
Seu bailado me fala de um caminhar suave... da leveza de mãos se tocando... chego a divagar ao lembrar disso.
Divagar, talvez seja essa a viagem das letras sobre o papel. O sem rumo, sem rima, sem freios nos sentimentos
Divagar, suavemente, assim bem devagar deixando fluir o que se sente.
Divagar é se deixar ir sem se importar se se conduz ou se é conduzido
na viagem do sentir o eu que se solta e ao se prender ao papel
é traduzido...divagando...suavemente...
viajando...devagar...