DIVAGAR

Escrever é algo viciante que cria um que de dependência.

Quanto mais se escreve, mais o papel te pede mais, mais... mais

Às vezes chego a sentir que o papel me domina e que é ele quem dita as frases que escrevo.

Então me revolto e não aceito aceitar o domínio.

Não queria falar de amor, muito menos de coisa tristes.

Hoje queria o sol iluminando tudo e a cor das flores espalhando alegria.

Ah! Aquela flor amarela, que bela em sua singelitude, parece me sorrir e

me falar de um momento bom. Vivido? Sonhado? Prá que saber.

Não importa, ela me fala em seu silencio e eu a entendo . Seu leve balançar me faz perceber o sopro da brisa.

Seu bailado me fala de um caminhar suave... da leveza de mãos se tocando... chego a divagar ao lembrar disso.

Divagar, talvez seja essa a viagem das letras sobre o papel. O sem rumo, sem rima, sem freios nos sentimentos

Divagar, suavemente, assim bem devagar deixando fluir o que se sente.

Divagar é se deixar ir sem se importar se se conduz ou se é conduzido

na viagem do sentir o eu que se solta e ao se prender ao papel

é traduzido...divagando...suavemente...

viajando...devagar...

DeJorge
Enviado por DeJorge em 03/12/2022
Código do texto: T7663328
Classificação de conteúdo: seguro