Contagem regressiva

O destino frio e nada sutil,

Preso em artimanhas.

Enigmáticas situações,

No espaço diverso.

Controvérsia da possibilidade,

Condensação dos pensamentos –

Impossibilitando o raciocínio,

Na contração dos fatos.

Contagem regressiva,

Subtração de missivas.

No descompasso,

Os atropelos.

No cotidiano,

Puxando o tapete.

Derrubando para aniquilar,

Toda e qualquer chance –

De sobrevivência.

A resistência,

Tombando ao chão.

O sangue poluído,

O vírus entorpecendo o corpo –

Causando malefícios irreversíveis.

Tão contraditório,

Com a vontade de sobreviver,

Nesta selva de pedras -

A labuta diária nenhum prazer.

O artefato da ilusão,

A visão –

Embaçada alucinação.

Devotos de nós mesmos,

No desejo,

De encontrar referências –

No olhar do próximo.

Que seja,

Ideologicamente parecido,

Para que possamos resistir.

Diante do caos ameaçador,

Dissipando a dor.

Cada amanhecer,

É uma dádiva –

Página em branco a ser escrita.

Vivenciada à todo o instante,

Na partilha e emanação do bem.

Somente assim,

Seremos capazes de reverter o mal –

Surpreendendo-nos até o fim.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 02/12/2022
Código do texto: T7662827
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