Contagem regressiva
O destino frio e nada sutil,
Preso em artimanhas.
Enigmáticas situações,
No espaço diverso.
Controvérsia da possibilidade,
Condensação dos pensamentos –
Impossibilitando o raciocínio,
Na contração dos fatos.
Contagem regressiva,
Subtração de missivas.
No descompasso,
Os atropelos.
No cotidiano,
Puxando o tapete.
Derrubando para aniquilar,
Toda e qualquer chance –
De sobrevivência.
A resistência,
Tombando ao chão.
O sangue poluído,
O vírus entorpecendo o corpo –
Causando malefícios irreversíveis.
Tão contraditório,
Com a vontade de sobreviver,
Nesta selva de pedras -
A labuta diária nenhum prazer.
O artefato da ilusão,
A visão –
Embaçada alucinação.
Devotos de nós mesmos,
No desejo,
De encontrar referências –
No olhar do próximo.
Que seja,
Ideologicamente parecido,
Para que possamos resistir.
Diante do caos ameaçador,
Dissipando a dor.
Cada amanhecer,
É uma dádiva –
Página em branco a ser escrita.
Vivenciada à todo o instante,
Na partilha e emanação do bem.
Somente assim,
Seremos capazes de reverter o mal –
Surpreendendo-nos até o fim.
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Blog Poesia Translúcida