Constante aventura
Será que me entrego,
Nesta constante aventura –
Que é viver –
Aqui na terra?
Desnorteiam-nos as imperfeições,
Tonturas arrefecem os pensamentos.
Os outros têm haver com você,
Na maioria das vezes não.
Contradizendo as palavras,
O deserto se forma ao redor.
Através do espelho,
Recriando o paraíso.
Destruindo o oásis,
Mas ninguém é capaz –
De me fazer sentir inferior.
Por mais que não enxerguem,
Ou não desejam –
Ver o brilho,
Trago-o aqui comigo.
Desvencilhando-me do perigo,
Dividindo,
Também compartilhando –
Com o paciente papel.
Pois este não briga,
Não retruca,
E não critica.
Apenas aconselha,
Alimentando a centelha.
Com amor me ensina,
De que as pessoas,
Algum dia –
Possam ser melhores.
Ainda há tempo para a expansão,
Da concreta consciência.
Para que possamos transmutar,
Em trezentos e sessenta graus.
Essa realidade –
Que teima nos assombrar.
A observação de nossos atos,
A transmutação da essência.
É a arma perspicaz,
Para transformar o joio no trigo.
Realizando a alquimia,
Do desamor em esperança.
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