Constante aventura

Será que me entrego,

Nesta constante aventura –

Que é viver –

Aqui na terra?

Desnorteiam-nos as imperfeições,

Tonturas arrefecem os pensamentos.

Os outros têm haver com você,

Na maioria das vezes não.

Contradizendo as palavras,

O deserto se forma ao redor.

Através do espelho,

Recriando o paraíso.

Destruindo o oásis,

Mas ninguém é capaz –

De me fazer sentir inferior.

Por mais que não enxerguem,

Ou não desejam –

Ver o brilho,

Trago-o aqui comigo.

Desvencilhando-me do perigo,

Dividindo,

Também compartilhando –

Com o paciente papel.

Pois este não briga,

Não retruca,

E não critica.

Apenas aconselha,

Alimentando a centelha.

Com amor me ensina,

De que as pessoas,

Algum dia –

Possam ser melhores.

Ainda há tempo para a expansão,

Da concreta consciência.

Para que possamos transmutar,

Em trezentos e sessenta graus.

Essa realidade –

Que teima nos assombrar.

A observação de nossos atos,

A transmutação da essência.

É a arma perspicaz,

Para transformar o joio no trigo.

Realizando a alquimia,

Do desamor em esperança.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 29/11/2022
Código do texto: T7660770
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