Enredo em desalinho
A escalada do ódio crescente,
A tormenta e o caos.
Qual é a melhor defesa?
Em meio ao turbilhão –
De acontecimentos.
Atropelam as boas ações,
Desvalorizando o essencial.
Não há medida certa para a maldade,
Sobe-se os degraus da perversidade.
O duelo entre o bem e o mal,
Alimentando as estatísticas -
Fomentada aos olhares incrédulos.
Arrefecendo os sentimentos,
A frieza imperando nos corações –
O iceberg na visão fria,
Zero de empatia.
A vingança não nos levará,
A nenhum outro lugar.
O que nos completa é a justiça,
No anseio o amor prometido.
O equilíbrio na corda bamba,
O pisar dos ovos na estratégia –
O desejo pela sobrevivência,
No peito a resistência.
Cada peça no devido espaço,
O prazer puxando o ar.
Viver é exercício de atrevimento,
No bater de frente com o sistema.
Fugir dos percalços,
Recriar atalhos –
Através dos obstáculos –
Impostos pelos enredos.
Nunca se sabe,
Qual é o pensamento alheio.
O coração é terra,
Em que ninguém caminha.
Se somos várias caixas de surpresas,
Fazendo os outros de queixo caído.
A alucinação enternecida,
Do momento –
O esquecimento,
A perdição.
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