Voltar para casa
Uma viagem insólita,
Os meus pés –
Em passos estratégicos,
Não tão seguros.
O coração,
Saindo pela boca.
São tantas –
As aventuras.
O que mais esperava –
O paraíso?
Deparei-me com pessoas bondosas,
Também cruéis.
A paisagem de tirar o fôlego,
Gradativamente,
Cedendo lugar –
Para a destruição.
A mente iludida,
Construindo uma civilização –
Completa e diferente,
Da qual eu enxergo –
Sem algum exagero.
O verde,
Tomado pelo asfalto –
O frio concreto.
Nuvens de fumaça,
Em todas as direções.
Qual será a motivação?
O progresso,
Deveria andar de mãos dadas –
Com a Mãe Natureza.
Entretanto,
Há o retrocesso.
E a iminente morte,
De tanta beleza.
O bem estar não mais existe,
A não ser a sensação –
De instabilidade,
Incontáveis perigos.
Cada vez mais próximos,
De nossas casas.
Transformando-se –
Em uma realidade sombria.
Com o mar e o céu,
Entregando a perfeição –
Sujeitos a poluição.
Desejo que algum dia,
Essa verdade –
Possa ser modificada,
Com enormes árvores –
Frondosas.
Aí eu terei a certeza,
De voltar para casa.
***
Blog Poesia Translúcida