Delírio coletivo

Tanto falatório,

Para não se chegar a lugar nenhum.

As ameaças,

Tomando conta de nossas vidas.

O dia a dia,

Sob a guilhotina febril –

Das perversidades.

Manobras estratégicas,

No velho jogo de xadrez.

A Democracia,

No fio da navalha.

Um país,

Refém de sórdidas armadilhas.

A lavagem cerebral,

Do mais inteligente –

Destruindo a massa cinzenta.

A realidade jogada fora,

Transmutando-se –

Na miragem desfocada do líder.

Imagens performáticas,

Do delírio coletivo.

Traduzindo ordens aleatórias –

Também incongruentes.

O zelo com a verdade,

É inexistente,

Promovendo o exercício do caos.

Na desordem,

Arrancando do fundo –

De seus seres,

O que há mais insano –

Na vil essência humana.

Muitos se vendendo,

Outros induzidos –

Pelo simples fato de serem aceitos.

Não há remorso,

Quando a meta a ser atingida –

É o sacrifício,

Para alcançar tais objetivos.

A dualidade,

Em dar com uma mão –

E tirar com a outra.

Na promoção de guerras,

Gerando a demanda –

Com corpos tombados ao chão.

A carne inocente,

Em putrefação.

Alimentando os urubus,

Da energia sombria –

Impondo a desarmonia.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 25/11/2022
Código do texto: T7657693
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