Preconceito
Um dos temas que me despertam o interesse é o preconceito. A natureza humana é curiosa, usamos de artifícios baseados em sua própria primazia para justificarmos nossas mazelas. Escravizamos o outro em nome de uma abstrata nobreza racial. Os colonizadores tinham sobre a ótica do mundo uma lupa, e essa lupa enxergava o outro como formiga, não só enxergava como a exauria com a ‘’luz da razão’’. O pretexto racionalista levou o homem tão romantizado pelas poesias e eras de ouro a cometer pérfidas atrocidades. Ora, se esta é a racionalidade barbaresca tão estimulada, imagina a falta dela.
A busca pela justiça social precisa ser veementemente falada, mas certo niilismo recorre nas minhas veias. Os poderosos ainda nos escravizam. Não obstante, a desesperança inerente decorre quando observo uma sociedade próxima da perfeição ou justa. Aliás, nós como julgadores da alta moral olhamos o passado com nojo, porém, e se estivéssemos lá? Com o avanço científico, lógico e adaptativo do homem fica mais fácil criticarmos, só que lhe pergunto, se em outrora você vivesse, seria diferente? Você aceitaria o status quo da época? Abruptamente ao ler isso você renegará, é claro. Lembre-se que para o mal existir, basta a circunstância favorecer.