Declaração do dia

Consciência negra –

A tomada da humanidade.

A declaração do dia –

Total ancestralidade.

O início de tudo,

Na Mãe África –

Detentoras de todas as nações.

Até mesmo o ariano,

O sangue do negro -

Possui na sua linhagem.

Não tem como fugir,

Nem tentar arguir.

Com suas mãos poderosas,

Estendendo por cada criatura –

Curvando-se a realeza.

No limiar da intercessão,

Tamanha desenvoltura.

Fazendo-nos rebeldes,

Com os testes diários.

O mundo dividido,

A raça humana subdividida.

Aos que julgam mais fracos,

Impondo os grilhões.

Injustiçadas ações,

Do tempo contemporâneo.

Refletindo o retrocesso,

Aos irmãos negros.

Repetindo episódios de racismos,

Crimes brutais cometidos –

Por aqueles que deveriam zelar.

Forjando –

O inocente criminalizado.

Friamente injustiçado,

Como único delito –

A cor da pele.

Ninguém vem com bula,

Ou letreiro no meio da testa –

Designando o seu papel,

Delatando o caráter.

A humanidade –

Fomentando o caos.

Não importa o sacrifício de alguns,

O sangue derramado –

Alimentando o macabro sistema,

Na impunidade imposta.

O acúmulo de divisas,

Vale muito a pena.

Os modos operandis,

Deveriam ser outros.

Na transparência dos fatos,

A alavanca manobrada –

Conforme a densidade.

No subterfúgio do submundo,

No genocídio imposto –

Pela mão do Estado.

Todos têm direito à vida,

E não ser julgado –

Ou subjugado em seu status social,

Independente da derme,

Raça ou credo.

Em nosso estado laico,

Ainda com sentimentos arcaicos.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 20/11/2022
Código do texto: T7654176
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