Declaração do dia
Consciência negra –
A tomada da humanidade.
A declaração do dia –
Total ancestralidade.
O início de tudo,
Na Mãe África –
Detentoras de todas as nações.
Até mesmo o ariano,
O sangue do negro -
Possui na sua linhagem.
Não tem como fugir,
Nem tentar arguir.
Com suas mãos poderosas,
Estendendo por cada criatura –
Curvando-se a realeza.
No limiar da intercessão,
Tamanha desenvoltura.
Fazendo-nos rebeldes,
Com os testes diários.
O mundo dividido,
A raça humana subdividida.
Aos que julgam mais fracos,
Impondo os grilhões.
Injustiçadas ações,
Do tempo contemporâneo.
Refletindo o retrocesso,
Aos irmãos negros.
Repetindo episódios de racismos,
Crimes brutais cometidos –
Por aqueles que deveriam zelar.
Forjando –
O inocente criminalizado.
Friamente injustiçado,
Como único delito –
A cor da pele.
Ninguém vem com bula,
Ou letreiro no meio da testa –
Designando o seu papel,
Delatando o caráter.
A humanidade –
Fomentando o caos.
Não importa o sacrifício de alguns,
O sangue derramado –
Alimentando o macabro sistema,
Na impunidade imposta.
O acúmulo de divisas,
Vale muito a pena.
Os modos operandis,
Deveriam ser outros.
Na transparência dos fatos,
A alavanca manobrada –
Conforme a densidade.
No subterfúgio do submundo,
No genocídio imposto –
Pela mão do Estado.
Todos têm direito à vida,
E não ser julgado –
Ou subjugado em seu status social,
Independente da derme,
Raça ou credo.
Em nosso estado laico,
Ainda com sentimentos arcaicos.
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