Rastilho da alienação
Mentalizo um novo céu,
Sob os nossos pés.
Milhares de quilômetros,
Desconhecidos –
Nunca antes explorados.
Após tantas tormentas,
Sempre haverá outro amanhecer –
Iluminado,
Nunca estaremos perdidos.
A esperança –
A resiliência –
Baterá no peito,
Descortinando horas –
De extrema energia.
Nada se sobrepõe ao bem,
A nuvem de poeira –
Dissipara-se-a –
Sobre as retinas,
Luz pungente –
Flamejante.
Às vezes,
Somos incoerentes,
Com o que desejamos.
No fundo,
Só queremos –
Que tudo acabe bem.
Atmosfera pesada,
Ao nosso redor –
Dissipando-se.
No flagelo desumano,
Arrefecendo a piedade.
A falta de tempo,
Conflitos de interesses.
Espalhando-se a alienação,
Feito rastilho de pólvora.
Sem se preocupar,
Com o dia de amanhã.
Permitindo a realização do caos,
Cortando os freios.
Perversidades –
Não há nenhum pingo de remorso.
A crueldade fazendo as suas vítimas,
Deixando o rastro,
De dor e sofrimento.
Crescente movimento abrupto,
Demonstrando forças –
Sugando a energia vital.
No desaceleramento da humanidade,
Atingindo em cheio –
O alvo da involução.
Algum dia,
Pagaremos um alto valor,
Com o fim de tudo.
Não teremos como retroceder,
Nada de revés.
***
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