Reconstrução
Desconcertante o enleio que nos embala –
Na inércia,
A vida realizando cambalhotas –
Peripécias.
Na contramão do momento,
Na tonalidade da incerteza.
Os castelos –
Pouco a pouco construídos,
À dura penas.
De um momento para o outro –
Desabando.
Fortes ventanias,
Soam como tempestades -
Fora de hora.
A tormenta,
Também mostra o valor.
Pois é nela,
Que redescobrindo a fortaleza.
A capacidade de prosseguir,
Cabeça erguida –
Desbravando a provação.
Cada batalha,
Deve ser acolhida.
Mais um tijolo,
Para a construção.
Nenhum mal,
Pode nos abater -
Sem o consentimento.
O livre arbítrio –
A capacidade de discernimento –
Abundância do amor próprio –
São fatores a serem revelados,
A primazia dos sentimentos.
O florescer das atitudes,
As notáveis falas de empatia.
Confesso, estão mais raras,
Na roda gigante –
Fora do descompasso.
Simultaneamente,
Na manipulação das engrenagens.
Impondo o ritmo marcado,
Acelerando ou diminuindo –
O intervalo.
Deixando registrado a marca,
No ímpeto da lucidez –
Impulso dos pensamentos.
Na transitoriedade da harmonia,
Ao reconectar da energia.
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