MARIA

A pobre mendiga andava pela calçada. Arrastava uma coberta suja pela mão e na outra segurava um pedaço duro de pão.

Por onde vai mulher sem rumo, de olhos perdidos na rua vazia sem direção? Passos tortos pisando na avenida, e a quem perguntava dizia chamar-se Maria, tenho o nome da mãe de Jesus, é Ele quem alivia minha cruz.

Maria caminha sem parar, sem casa, sem teto, sem lar, mendigando andava ao léu, livre e solta como os pássaros no céu.

Não se lastimava, nem chorava. sorria quando por uma criança passava. Um riso de esperança, Onde estaria os filhos que não via? A essa pergunta respondia: Um dia os verei, se Deus quiser.

Era essa a rotina de Maria todos os dias, cumprimentando e abençoando a todos. Até que um dia não viram Maria e no outro também. Havia dias sem Maria na avenida. Sentiram falta de seu sorriso, de seu cumprimento, de seu cantarolar, a rua ficara vazia.

A procura por Maria começou e logo foi encontrada. A pobre mendiga estava deitada junto a um canteiro de flores, parecia estar em sono profundo e com um leve sorriso nos lábios, estava se despedindo do mundo.

Maria, de nome igual a mãe de Jesus, já não andaria mais ao léu. Seu corpo desceu à terra, sua alma subiu ao céu.

Arlette Santos
Enviado por Arlette Santos em 20/11/2022
Código do texto: T7653942
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