Ancestralidade na alma

Ancestralidade na alma,

O sol reativando a melanina –

No corpo –

Colorindo a pele.

A essência impregnada pelo prazer,

Ao astral se revele.

Na continuidade da vida,

Na energia transcendental.

Nem tudo são flores,

Desde a época do descobrimento –

Tratados como intrusos.

Os desbravadores –

Usurpando toda sociedade.

Assassinando –

Torturando –

Estuprando –

A carne negra vilipendiada.

Como na permuta,

Tratados como mercadorias –

Por seres humanos mesquinhos,

A barbaridade disseminada.

Na luta do povo subjugado,

Na resiliência –

Encontrando formas para sobreviver,

Também de resistir.

Em pleno século XXI,

Um povo ainda cativo.

Injustiçado:

Por leis e preconceitos,

O racismo –

Crescente e desproporcional,

Com vontade de viver.

A injustiça –

Dançando à passos largos.

Com o conceito,

Fomentado pelas atrocidades.

Tornando-se comuns os abutres,

Alimentando-se do sofrimento alheio.

As virtudes do espírito,

São as armas –

Contra toda e qualquer alienação.

Como reis e rainhas,

Sequestrados com os antepassados.

Não há nada de abaixar a cabeça,

Cada um tem dentro de si –

A realeza.

O sangue azul em sua maestria,

Regem-nos os espíritos reais,

Assim moldando a nossa força.

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Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 19/11/2022
Código do texto: T7653409
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