Ápice em contradição

A cada passo, estamos distantes –

De todo o momento da evolução,

O ápice em contradição.

Ao invés,

De atingirmos o topo da montanha,

Jogando-nos no fundo do poço.

A humanidade atropelada,

O joio dominando o trigo.

Fazendo perecer,

O que há de mais concreto.

A areia tomando conta,

Arrefecendo a natureza.

A putrefação dos neurônios,

Em meio ao caos.

Pessoas perdidas,

Caminhando encolhidas.

Obedecendo as vozes de comando –

Sem tomarem o discernimento,

Do porquê que estão ali.

Entorpecidas no transe surreal,

Observam na imagem distorcida –

O próprio reflexo,

Visualizando a cena fora de nexo –

Imprimindo o complexo.

Talvez não estejamos prontos,

Para o salto na expansão –

De pensamentos.

Sempre mostramos o que somos,

Seres indefesos.

Entregues ao ostracismo,

Pensando somente na questão –

De nós darmos bem,

Em adquirirmos vantagens.

A sociedade –

É bem mais que o individualismo.

Para entrar no mundo evolutivo,

É necessário o corporativismo.

Compactuando com o objetivo –

Da comunhão.

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Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 16/11/2022
Código do texto: T7651281
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