Decadência

Nunca podemos prever a queda,

Nem as suas consequências.

De repente nos tornamos brutos,

Mal educados e sem noção.

Homens perdendo a sensibilidade,

Sem gestos de delicadeza e generosidade,

Perdemos a capacidade de solidarizar-nos.

Não mais nos importamos com a dor do outro

Nem sua fome ou sua doença.

O que importa agora é colocar tudo acima.

Não apenas Deus deve pesar,

Até a arma deve ser apontada,

Em punho na rua ou na calçada,

Pois gente de bem precisa se proteger.

Chegamos ao fundo do poço.

Acabou a água, resta a lama.

Lama da mediocridade,

Da escrotice sem medida.

O amanhã aponta muito trabalho,

Muita coleta de lixo,

Lixo da desumanidade,

Da limpeza ao cultivo da bondade,

Da gentileza e da esperança,

Do amor em profusão,

Para superar a decadência humana

Que se fez poder.

Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 14/11/2022
Reeditado em 14/11/2022
Código do texto: T7649335
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