A corda

Acorda, amor! A corda que se estica de um lado, enforca do outro. Sufoca. Acorda! O acorde é menor e a melodia, dissonante. Acorda! Não há melodia quando a mão pesa! Não há escape quando o nó aperta! Há apenas a vibração surda no espaço! Há apenas o balançar do vento. Há apenas o fio partido. Em parte ido ao vazio e ao nada.

Acorda! Qual a cor da mágoa que fica? Quantos metros mais se estica até que se parta ao raio que o parta! Quanto pesa a pata que esmaga?

Viola que cala. Muda viola que fica violando todas as canções possíveis, enquanto na estante a partitura do instante morre…

O nó…

E nós?

Silêncio.