Efemeridades
Há em meu ser um apelo perene
Um desespero que caminha
... entre tantos ais silentes
Um apelo por mais, pelo inexistente
Uma alma que criou um mundo
...que não cabe neste mísero mundo
Confesso meus dissabores com as paredes
Comungo com os vãos do tempo que urge
... memórias cerzidas por promessas
Em finitudes atrozes que no ser pungem
Dorme no peito uma esperança antiga
... neste mundo caótico sem brandura
Uma prece engasgada não dita
Que ecoa num coração em agruras
Em trevas vagueia uma esperança enlutada
Que inda luta desde o âmago, em reverso
Até os confins deste meu ser intrépido
Almejando o infinito nesta existência limitada