Roletas-russas na escuridão
Vêm zumbidos soarem na minha alma à noite, como se fossem ondas raivosas do mar.
Têm estrondos, nas horas altas da madrugada, ensurdecendo meus sentidos nervosos, como se houvessem meteoritos no ar.
Têm roletas-russas na escuridão, com seus estampidos no meu subconsciente estourando a fim de me matar.
Têm marteladas nos sinos sombrios dos meus pensamentos primitivos rompendo de vez com a dor fina coclear.
Vêm vendavais quebrando meus vitrais, raios e trovões soturnos como a morte, a me espreitar.
Calma! o barulho noturno que me consome e que me toma por possessão, durante o dia, tende a se acalmar.