Do conto de Haia
A lembrança dela é tão forte na banheira
Que vislumbra o mar e a liberdade
Prisioneira de sonhos calados
Ela vive a esperança de poder gritar
Não consegue acreditar
Porque seria suicídio acreditar
Que logo que dissesse o que vira
O todo poderoso
Burro e estulto
Mandaria às prisões quem ousasse enfreta lo
Assim ela vivia
Calada com seus sonhos