Eis que a utopia está pousada no horizonte. Diáfana. Leve e soberana. Caminho alguns passos e, corre o horizonte
ao infinito...Jamais a alcançarei. O caminho feito de passos. Silêncios e significados. Olhos encharcados de imagens, bocas inundadas de palavras e, as mãos apenas estas, atentas para socorrer os que caem. Corpos a procura de almas... um resquício de luz. Uma estrela de quinta grandeza, um planeta quase todo de água, e esse ser pungente a colorir o azul de vermelho. Como se incendiasse tudo, para apenas renascer das cinzas.
No fundo, a utopia nos faz caminhar com alguma esperança. Uma reticência.Uma
nesga de luz. Meio fonema, uma palavra e, muitas saudades. Para que serve a utopia?
Para que serve ser humano demasiadamente humano?
Eis que a essência se impõe. Assim como o horizonte, com a metafísica do infinito e, a concretude da vontade.