MEU MONSTRO FAVORITO
Há um monstro dentro de mim,
Escondido nas trevas do meu ser,
Rosna, grune, farfalha e,
Por vezes grita, ah e chora também, mas quando o faz, é miudinho,
Pois pasmem, ele tem vergonha, de ser vil, ser ignóbil, ser monstro,
No entanto, ele não desiste de sua sina,
As vezes, se esconde em cantos improváveis, outras, se demonstra e me assume, em horas difíceis.
Já lutei contra ele tantos momentos, que somos como inimigos íntimos.
Me cutuca, me assusta, me atrapalha, me inferniza este monstro,
Mas não morre.
Ele é imortal, porque, também la no fundo, no esconderijo, das sobras de meus remorsos, angústias e medos, eu o alimento, para que, em algum soco de fúria, de indignação ou de soberba,
Ele me alimente também.