MEU MONSTRO FAVORITO

Há um monstro dentro de mim,

Escondido nas trevas do meu ser,

Rosna, grune, farfalha e,

Por vezes grita, ah e chora também, mas quando o faz, é miudinho,

Pois pasmem, ele tem vergonha, de ser vil, ser ignóbil, ser monstro,

No entanto, ele não desiste de sua sina,

As vezes, se esconde em cantos improváveis, outras, se demonstra e me assume, em horas difíceis.

Já lutei contra ele tantos momentos, que somos como inimigos íntimos.

Me cutuca, me assusta, me atrapalha, me inferniza este monstro,

Mas não morre.

Ele é imortal, porque, também la no fundo, no esconderijo, das sobras de meus remorsos, angústias e medos, eu o alimento, para que, em algum soco de fúria, de indignação ou de soberba,

Ele me alimente também.

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 21/10/2022
Código do texto: T7632746
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