PASSEIO

 

 

Maria de Fatima Delfina de Moraes

 

 

Caminho no Parque da Cidade desfilando meu cansaço.

Cai uma lágrima de saudade do tudo que havia e se foi.

Restaram as saudades de tempos de outrora...

O burburinho, casa cheia, gargalhadas, até mesmo as brigas trazem saudades.

Crianças, jovens em alaridos. Tempo em que tudo era motivo de festa.

A chuva aperta como minha saudade.

Os cabelos respigam, mas a chuva é libertação.

 Os jovens entusiasmados bateram asas, criaram seus próprios ninhos.

A chuva que lava também leva a saudade que teima em voltar, vez por outra.

Contemplo os passarinhos que furtivamente se escondem em seus ninhos.

Somos eu, a chuva e os passarinhos com seus alaridos.

 

 

Maria de Fatima Delfina de Moraes
Enviado por Maria de Fatima Delfina de Moraes em 19/10/2022
Código do texto: T7631295
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