Sem Rumo

Sem teto, às vezes perco o chão...

Queria morar no lugar escolhido

Agora sem rima, triste e abatida

Sem rumo pra essa hora, sem norte, sigo

O manto acinzentado descerra meu dia

Contagia a alma, chega molhando a vista

Tira o sono, a calma, rouba a alegria

Sem prumo, sem sorte pra essa hora, sigo

Tentando obliterar os vestígios de lágrimas

Sem teto, sempre perco o chão

Queria viver fora de mim

Sem necessitar de rima, feliz e sorridente

Aprumada e com meu lugar marcado na Rosa dos Ventos

Sem mantos acinzentados em mim descerrados

Contagiando a alma, fazendo brilhar a vista

Trazendo o sonho, a calma, devolvendo felicidade

Com rumo, ao norte dessa hora, seguindo

Obliterando os vestígios de tristeza