Sob custódia

A verdade por onde andará?

Translúcida –

Parece se esconder,

Em meio à tantas questões -

Por detrás de inúmeras notícias falsas.

O caos não gera mais a comoção,

As cenas cotidianas,

Alucinação pregando os efeitos.

Não mais colaterais –

Funcionalidade da normalização.

No teor da fumaça,

Um vapor de chumbo qualquer.

Desregrando a vida,

Em atos impensados –

Cometemos loucura.

Sobressaindo a insanidade,

Mantendo-nos sob custódia.

Aproveitando-se da inocência alheia,

Para atingir sórdidos objetivos.

A realidade fracassada,

A mentira não mais de pernas curtas.

Impondo-se cada vez mais energética,

Cumprindo as metas.

A lavagem cerebral,

Falta de raciocínio.

Fazendo inúmeras vítimas,

O apocalipse zumbi –

Sugando o sangue,

Energia vital –

De pobres mortais.

A lapidação imperfeita,

Gerando novas atrocidades.

Na labuta desigual da burguesia,

Colhendo os frutos do trabalho escravo.

A maioria lutando por migalhas,

De um governo falho.

Na busca por deveres,

Cortando os direitos.

Alimentando a indignação,

O mal se espelhando –

Como revolta.

A paz trancafiada em uma cela qualquer,

A violência batendo feito assombração –

Em nossas portas.

Na dualidade de poderes,

Intolerantes seres.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 16/10/2022
Reeditado em 26/10/2022
Código do texto: T7628803
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