Outros feitiços
Fecho os meus olhos,
Ouço vozes por telepatia.
Delírio ou fruto –
De uma mente criativa?
Lanço um olhar para dentro,
Tentando compreender –
O porque de tantas questões.
Alucinações se convergem,
Misturando-se com as miragens.
A pele limpa –
Cicatrizes transformadas em tatuagens.
Queimando feito brasa,
Fogo de caieira.
Ideais iminentes –
Jogando-nos na fogueira.
Em tempos atuais,
Os feitiços são outros.
Transmutam-se –
Na perca da essência.
Frutos apodrecidos –
Falta de empatia –
O primor da inconsequência.
Relatos distorcidos,
O amálgama da arbitrariedade.
A crueldade fazendo escola,
Aos menos favorecidos –
Negam-se as esmolas.
Como poderemos reverter,
Tal involução?
Se cada indivíduo,
É contrário da conscientização.
A vida fugindo dos eixos,
Nas entrelinhas,
Fora do compasso.
De pés descalços,
O flagelo,
A lentidão.
Na carne viva –
Passo a passo.
Fecho os meus olhos,
A melodia –
Acompanhando os pensamentos.
Dedicação na busca:
Pelo discernimento.
Quem sabe?
Se algum dia –
Alcançarei a total expansão da consciência,
O despertar para a nova era.
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