Outros feitiços

Fecho os meus olhos,

Ouço vozes por telepatia.

Delírio ou fruto –

De uma mente criativa?

Lanço um olhar para dentro,

Tentando compreender –

O porque de tantas questões.

Alucinações se convergem,

Misturando-se com as miragens.

A pele limpa –

Cicatrizes transformadas em tatuagens.

Queimando feito brasa,

Fogo de caieira.

Ideais iminentes –

Jogando-nos na fogueira.

Em tempos atuais,

Os feitiços são outros.

Transmutam-se –

Na perca da essência.

Frutos apodrecidos –

Falta de empatia –

O primor da inconsequência.

Relatos distorcidos,

O amálgama da arbitrariedade.

A crueldade fazendo escola,

Aos menos favorecidos –

Negam-se as esmolas.

Como poderemos reverter,

Tal involução?

Se cada indivíduo,

É contrário da conscientização.

A vida fugindo dos eixos,

Nas entrelinhas,

Fora do compasso.

De pés descalços,

O flagelo,

A lentidão.

Na carne viva –

Passo a passo.

Fecho os meus olhos,

A melodia –

Acompanhando os pensamentos.

Dedicação na busca:

Pelo discernimento.

Quem sabe?

Se algum dia –

Alcançarei a total expansão da consciência,

O despertar para a nova era.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 13/10/2022
Código do texto: T7626795
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