Déficit da cidadania

O poder oculto,

A face mascarada –

Dando as cartas,

Velhas e amassadas.

Sem nenhum trocadilho,

Falta do reflexo –

No espelho.

Pelo sangue inocente,

Manchadas –

Vivo vermelho.

Desmedida polarização,

Apenas a ponta do iceberg.

A sociedade:

Teatro macabro e imperfeito.

A humanidade:

Manipulação colocando uns contra os outros.

A singularidade caindo por terra,

Enterrando-se na sarjeta.

Visando o monopólio,

Subtração de poderes.

A ascensão forjada,

O apoio comprado.

Tudo está a venda?

Arrefecendo o império,

Desmanchando-se feito papel.

Na síntese falta a concepção,

Números em subtração –

O déficit da cidadania.

Pessoas se engalfinhando,

Por uma infeliz utopia.

Cadê a argumentação?

A idolatrada aquisição financeira,

Todo o teor do conservadorismo –

Desfazendo-se.

Projeto fajutos,

Valem menos do que o gato enterra.

Pregando a idolatria,

Pessoas comuns sem o mínimo.

Vigiados o tempo inteiro,

Condicionados ao desmantelo.

Não existindo algum elo,

Com a empatia –

Banhando-se em heresia.

Iguais costumes,

Da lamacenta burguesia.

Na distópica imprecisão,

Como serão os próximos dias.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 13/10/2022
Código do texto: T7626615
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