Déficit da cidadania
O poder oculto,
A face mascarada –
Dando as cartas,
Velhas e amassadas.
Sem nenhum trocadilho,
Falta do reflexo –
No espelho.
Pelo sangue inocente,
Manchadas –
Vivo vermelho.
Desmedida polarização,
Apenas a ponta do iceberg.
A sociedade:
Teatro macabro e imperfeito.
A humanidade:
Manipulação colocando uns contra os outros.
A singularidade caindo por terra,
Enterrando-se na sarjeta.
Visando o monopólio,
Subtração de poderes.
A ascensão forjada,
O apoio comprado.
Tudo está a venda?
Arrefecendo o império,
Desmanchando-se feito papel.
Na síntese falta a concepção,
Números em subtração –
O déficit da cidadania.
Pessoas se engalfinhando,
Por uma infeliz utopia.
Cadê a argumentação?
A idolatrada aquisição financeira,
Todo o teor do conservadorismo –
Desfazendo-se.
Projeto fajutos,
Valem menos do que o gato enterra.
Pregando a idolatria,
Pessoas comuns sem o mínimo.
Vigiados o tempo inteiro,
Condicionados ao desmantelo.
Não existindo algum elo,
Com a empatia –
Banhando-se em heresia.
Iguais costumes,
Da lamacenta burguesia.
Na distópica imprecisão,
Como serão os próximos dias.
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