NAUFRÁGIO DE AMOR.

        - 03/12/07 -

 

P/ Luzbel

 

Ó silenciosa!

Ó minha amada, por que tenho de te amar tanto, agora, já não me basta o alimento como o pão de todos os dias, o vinho velho, a luz que só bruxuleia neste entardecer; entretanto agora, eu preciso urgentemente mesmo é  da aurora verde e linda  que se faz sempre em teus lindos olhos.

Ó bucólica mulher!

Confesso que estou docemente escravizado a ti, pois me cingiste  graciosamente com toda a ternura e com os grilhões encantadores dos teus febris lábios de amora silvestre.

Ó portentosa!

Ó amada, agora repousa em mim sem o caráter do sacrifício, uma ânsia perturbadora e sem limites de ti, e assim, pretendo ser o teu vassalo para poder te conduzir pelas mãos aos salões encantadores de todos os afetos.

Ó lépida deusa!

Não existe no mundo instrumento, nem mesmo teoria ou, até mesmo uma nova  heurística que possa remover de mim, o amor e o carinho que tu soubeste chancelar com o estigma da tua candura, por isso, doravante todo o sentimento em mim será pétreo e imenso.

Ó imenso amor!

Tudo em ti será também imenso, os teus lábios contêm as sombras do infinito que ali depositei,  os teus olhos tem a profundidade do meu amor, e neles,  eu escondo os meus duros anseios que também são infinitos quando contigo estou.

Ó ternura leve!

O meu sonho, ó amada, é tão grande que poderei  escrever poemas para ti nas nuvens; e o mundo terá a oportunidade de saber e aferir a infinitude do meu amor por ti.

Ó naufrágio santo de amor!

Eu desejo com muita ansiedade te oferecer a minha planície de amor, por isso, as minhas mãos já se encontram hiantes dos teus carinhos e, os meus beijos quais pétalas vivas, desejam percorrer a formosura do teu corpo.

Ó doce campina sideral!

Quando estivermos juntinhos e acalentados por esse amor que nos devora e  nutre,  eu, sem o caráter do sacrifício te ofertarei todas as estrelas, todos os cometas do céu e também  todas as montanhas acompanhadas do  horizonte azul,  só para poder apreciar o teu sorriso irreverente de menina sapeca.

Ó desesperado amor!

Por mais que eu escreva, não consigo escrever um poema digno dos teus lindos olhos, para que, assim venhas saber o quanto foi doce a cópula louca de esperança e esforço em que nos enlaçamos e nos desesperamos nesse fim-de-semana.

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 03/12/2007
Reeditado em 05/12/2007
Código do texto: T762595