A insígnia do meu tormento
Com você é tudo franco
O preto no branco
O limpo por limpo
Nunca te vi sorrindo
Com você tudo sabe
Do meu voto a minha idade
Você quer meu documento
A insígnia do meu tormento
Viciado em me ter por perto
Você derruba meu teto
Me segue quando eu não tenho rumo
Sempre quer me colocar no prumo
Mesmo com essa falsa liberdade
Com você tudo sabe
Desde o preço da coisa
Até o cheiro da roupa
De onde eu vim, para onde vou
Você nunca se encantou
Com a poesia maldita e marginal
Nesse esquema de ser banal
Você descola um meio termo
Quer tudo a seu próprio jeito
Não me deixa respirar aliviado
Você quer que eu fique intimidado
Quer me tirar a liberdade
Que conquistei com a idade
Para nunca mais saber
Onde eu fui me meter