Fonte: DREAMSTIME
OUTONO DE COLCHAS E TAPETES
No espaço em que transito
Teço tapetes e colchas de um colorido
Que trespassa a sensatez
São cores vibrantes, chamativas,
Talvez por desejar, ou ser altiva,
No transbordo de minha pequenez.
Mas as cores que brilham na distância
Tem um quê de vida das instâncias
Que se foram, deixando rastros.
De longe, se olhardes, vereis,
Que as cores são signos da embriaguez
De sonhos quebrados que persistem.
Para que? Pergunta tão inocente,
Sem resposta, no mínimo, coerente,
Com as vivências que, teimosas, insistem.
Cobrem o chão as folhas derrubadas,
Das árvores nuas, já descarnadas.
Mesmo assim, estendo meu tapete,
Minha colcha coberta de verbetes,
De um poema de tramas entrelaçadas.
Najet, 10 10 2022
Fonte: DREAMSTIME
Interação do Poeta Olavo, a quem agradeço com um grande abraço.
Os tapetes que cobrem o seu chão
Trazem rastros de pés macios
A vida gira buscando emoção
Entre sorrisos, amor e desvarios.
16 10 2022