Vulnerável liberdade

Borbulhando a ansiedade,

Milhões de pensamentos –

Vasculhando a alma.

O raciocínio latente,

À mercê da resiliência.

A sagacidade em contraste –

Com a dura realidade.

Que nos cerceia,

Tira o chão.

Colocando-nos no mesmo parâmetro,

Ponto de ebulição.

A vida –

Em busca da reconciliação.

Na correria diária,

A agitação.

Desconcertante alucinação,

Dando a impressão –

De estarmos jogados ao leu.

Em um laboratório,

O livre arbítrio como presente.

Vem a tormenta,

Vulneráveis feito papel.

Jogando nas costas a culpa insurgente,

Transformados em seres odiados –

Prontamente para servir,

De maneira hostil.

Em busca do capitalismo,

Escravizados.

A liberdade como quimera,

Constante loucura –

Para conquistar a sedução.

Alienados –

Aprisionados –

Sob o véu do esquecimento.

Alguns agraciados,

A maioria condenados.

“Comendo o pão,

Que o diabo amassou.”

A graça compartilhada,

Por aqueles que compartilham –

Do mesmo grupo.

O desperto –

O contestador –

Caindo em desgraça.

Condenados –

Qual é a graça?

Na labuta,

Não há linha divisória.

Na luta com a mão armada,

É outra história.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 10/10/2022
Código do texto: T7624269
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