Alto preço
Humanos?
Não sou daqui!
O coração estrangeiro,
Vaga por este lugar.
Na ânsia pela justiça,
Qual será o decreto?
Atos irrelevantes,
Fatos destorcidos.
Fazendo-nos reis,
Das próprias escolhas.
Tornando-nos mestres,
De ações equivocadas.
De maneira despretensiosa,
Não faço jus a este lugar.
Há condutas –
Que arrefecem o ar.
De pés e mãos atados,
Grilhões invisíveis.
No repúdio do mal,
Entorpecendo-nos o caos.
Seres humanos,
A crueldade banal.
Atitudes incorretas,
A perversidade –
Por motivos fúteis.
Um alto preço,
Pago injustamente –
Pelas atrocidades.
Mortes vorazes,
Do futuro em transformação,
O destino da humanidade.
Porém, prendemo-nos à pensamentos,
Tão pequenos e arbitrários –
Afugentando a expansão da consciência.
Crianças crescendo desnorteadas,
Em meio à violência.
Municiados pelas redes sociais,
Não há lógica –
Nenhum pingo de clemência.
A destruição cobra o seu preço,
Chora a Grande Mãe Terra.
A iminência de guerras,
Ataques nucleares.
A temperança indo pelos ares –
Como prosseguir,
Ao menos resistir?
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Blog Poesia Translúcida