Cidadãos reacionários

Marchamos lentamente para o abatedouro,

Consequências das escolhas equivocadas.

O mundo em turbulência –

Esquerda ou direita,

Não adianta ficar encima do muro.

De que lado você está?

Reativando a consciência,

Necessária a resistência.

Analfabetismo político,

O poder da ignorância.

Levando-nos ao extremo –

Polarização.

O pobre favelado,

O que menos tem:

Liberando munição,

Para o opressor.

Ovacionando o obsessor,

Inconsequente ditador.

Cidadão reacionário,

Incauto arbitrário.

Nos tele-jornais,

Mídias sociais.

Um povo escravizado,

Sofrendo censura.

Calado –

Amordaçado.

Século XXI,

A ditadura.

A população negra,

Desde sempre torturada.

O chicote,

Cortando a carne -

Rasgando a alma.

O sangue não velado,

O sacrifício.

Em prol de uma justiça,

Alimentando energias –

Ganâncias nefastas.

O ocultismo –

Revelando a face sombria,

Cada vez mais asquerosa.

Na excitação cruel,

Na perversidade que desarma.

Mais uma vida forjada,

Quantas mais?

O mesmo país –

Que deveria dar abrigo,

É o mesmo que escorraça.

Em tons de ameaça,

Políticos desalmados.

Usurpando o poder,

Comprando votos –

Aniquilando a dignidade.

Crescente alienação,

Não há argumentação,

Total submissão.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 08/10/2022
Reeditado em 15/10/2022
Código do texto: T7622971
Classificação de conteúdo: seguro
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