Um dedo de prosa com o inimigo Tempo
Há muito tempo surgiu uma criança que brincava, saltitava, corria e, de tanta felicidade, sempre sorria.
Algum tempo depois, havia um adolescente que sonhava, cria, jogava e, de tanto sonhar da família se desgarrava.
Houve o tempo em que um jovem se aventurou, fez amizades, alguns amores e, de tanto viver, buquê de flores.
Não tanto tempo, houve um rapaz que muito estudara, ensinava e aprendia e, de tanto pelejar, o óbvio não percebia.
Por fim, o tempo se encarregou daquele homem. Deu-lhe um lar, emprego e família. Em troca, exigiu-lhe a dor, a ausência em ser e uma profunda melancolia.
Haverá um tempo onde um velho, já cansado, mas vivido, cuidará dos seus e, de tanto benquerer será recolhido por Deus.