Abandono

Janelas fachadas, com grades e tijolos,

Escondem histórias,

Guardam memórias.

Em volta o mato seco do abandono ,

Nem o telhado guarda vida ,

Escorre para dentro

O fim daqueles sonhos que sobraram.

Da sepultura do tempo uma lapide:

Sonhos perdidos.

As migalhas das dores guardadas,

Dos amores que se foram,

Restam agora os escombros

Do que foi um dia felicidade.

Ousadia demais insultar os deuses

Cobrando ressuscitar a vida.

Sonhos corrompidos

No mar revolto das intrigas.

Foi o que restou!

Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 07/10/2022
Reeditado em 08/10/2022
Código do texto: T7622498
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