escolha
Ora pois, mais do que suponha-se
Não se espera do farsante
um dedo de consideração
Ele é a afirmação encarnada da destruição
É caos, o desmonte
É a demolição do edifício Humano
Ele regozija com o caos que vê
É um farsante; um beócio que habita as mentes e corações
de gente inocente e desatenta; ele é o horrendo quadro da destruição
É chegado o momento de enfrentá-lo
É chegado o tempo da escolha
Vida ou morte?
Mais que uma escolha
Um ato de se decidir
Quem vive e quem morre
A necropolítica não deve ser ação de Estado
Um ato e uma ação
A fronteira entre civilização ou barbárie
Frágil é a vida
Fácil é a escolha
Chegamos até aqui porque a linha da evolução não parou
Todavia, no decorrer de cada tempo
Sempre nos deparamos com momentos de decisão
E soubemos escolher
Agora nos encontramos novamente nessa encruzilhada;
Ou será cruzada?
O tempo e o ato dessa escolha não toleram indecisões
A faca no peito
A arma na fronte
O pescoço na corda
Eis o quadro, eis a cena
Nada pode esperar
Vacilar pode ser o último ato, o derradeiro suspiro
Nada mais triste que se ver na corda bamba
Qualquer distração; o abismo
O salto no escuro
A queda certa, eis o quadro, eis a cena
Não é novela; é vida real que perde
O canto calado, o pranto gritado
Só restará a saudade
a lembrança da praça cheia
Do riso farto, do abraço apertado
Tudo cinza, sem cor e sem brilho
O opaco no lugar do colorido
A tristeza no lugar do riso
O que aconteceu, alguém perguntará
Não haverá respostas, só lamentos
Eis o quadro, eis a cena
O fato consumado não admitirá arrependimento
Não haverá perdão
Não haverá oura era
Tudo se esgota, tudo se sabe
Tão logo a escolha se faz
Vida ou Morte
Civilização ou Barbárie
Frágil é a vida
Fácil é a escolha
Flor ou espada, floresta ou fogo
Eis o quadro, eis a cena
O canto cantado
O riso farto, o braço aberto
Vem, sem em medo e em paz
Serás bem vindo
Pode vir
Eu garanto, há muitos, há tantos
Vem
Serás bem vindo
Eis o quadro, eis a cena