Menina valente
Nesta viagem,
carrego comigo uma doce menina
de alma matutina e espírito noturno...
Às vezes é anjo,
tem asas tão leves e baila no ar...
Noutras é soldado,
tem arma e coturno,
sempre preparada para guerrear...
A bela garota com olhos de lua
e sorriso de sol
já acorda sorrindo
e anoitece ridente após o arrebol
Sua cor preferida é o verde esperança
pois a criança, que há em si mesma,
faz fotossíntese
e, em súmula ou em síntese,
produz clorofila
para a minha lagarta que,
quando borboleta,
flutua e desfila.
O seu lado fera,
vezes tão insensato e impaciente
quando se desespera
estica a corrente
que me prende no tempo para não correr...
Mas quando serena,
a minha leoa tranquila
caminha indolente
sem pressa nenhuma de ser e viver...
Moça caprichosa!
Teimosa e valente...
Sem títulos ou emblemas,
se faz genuína e assaz resistente.
A cada batalha me torna mais forte.
Senhora sagaz
que enfrenta os problemas.
Corajosa!
Atrevida...
A esta menina,
que inspira poemas,
uns chamam de sorte.
Mas eu, ah!
Só a chamo de vida.
Adriribeiro/@adri.poesias
Poema vencedor do Desafio poético da 15ª edição da Revista The Bard Set/Out/2022