Reflex(ã)o em substantivo...
Eu, oblíqua, encaro a mim e, é assim que me vejo: sujeita à reflexibilidade dos verbos que me conjugam ou que pratico, me tornando um ser essencial ou acidentalmente pronominal.
...e não evito ambiguidade ao buscar ação recíproca. Acredito que sem a reflexibilidade dos meus verbos, não haveria a obliquidade ou transitividade direta às quais me sujeito enquanto pessoa...
..mas confesso que minha linguística é limitada e que há tempos verbais que eu julgo que jamais seria capaz de conjugar: os imperativos me assustam e emudecem. Estes não têm modos ou tempo de aceitação de minha parte. Com eles, não concorda o meu gênero em nenhum grau, mesmo sendo eu às vezes tão maiúsculamente superlativa...
...é que meus verbos irregulares são subjuntivos, mas dão o indicativo que precisam de auxiliares que certamente a gramática desconhece e que talvez devam ser sujeitos ocultos o bastante e em boa medida indefinidos. Intransitivos de maneira intransigente. Concordam com muito mais plurais que o singular gostaria...
...meus verbos são defectivos e não produzem textos, mas fazem versos como quem diz orações insubordinadas. Negam-se a acompanhar alguns complementos nominais que os prendam a alguns termos integrantes, porque preferem a literatura marginal, particípia...
Meus verbos regularmente são anômalos e abundantes...