NA MINHA MENTE

NO MEU CORAÇÃO

(Pr/Poét/32)

     Venha! - Não sei andar mais só. Necessito ao menos da sua sombra, forte ou fraca, não saberei dizer. Minha força é frágil e as flores da estrada me seguem com o seu olhar. - Vem, siga comigo. És forte e eu te tenho apreço ou amor, quem sabe? Sentemo-nos aqui em frente ao lago. A ele poderemos confidenciar nossos segredos, pois, o lago é vasto e quieto. Nada aqui sofrerá restrição e o sol doura a hora de nós dois e a do lago. Sinta o vazio do mundo nesse instante. É como se o tudo é nada e/ou coisa alguma, é profundo, é silêncio a dois. Passe a mão no meu cabelo, deixe-me sonhar e, eu preciso. O lugar, aqui, não nos exaure, é um momento sem mundo, sem movimento, sem stress mental e você está aqui. - Como te sentes? Sentes medo de um toque meu? - É o coração que suplica, é o querer mútuo, indescritível é mistério dual em sentimentos, súbito e etéreo que se apodera do nosso abandono, aqui, diante deste lago. Falemos sobre... sobre o mistério da existência, topas? - Haverá opressão, amor, afinidade, haverá a pedra? Repressão humana? Onde estará a flor? É como se nada existisse agora e não existe; aqui, nada respira. A loucura é nociva ao sentimento puro e o sentimento, muitas vezes pede loucura. O que acha? - E o sonho? Nos invade, nos embala e por instantes se instala, baila e sente, prova tudo, deixa a mente vagar... ludibria, perde-se, sequer quer retornar. - "STOP"!
 

     VOLTEMOS! - Estaremos nos acostumando com a infelicidade e ou/ tampouco, sabemos o que é felicidade? Felicidade é ser natural, calmo, pensamento lúcido é ignorar o tic-tac do relógio, a aflição da humanidade? - Sente a presença do relógio? Estamos aqui, eu e você nesse lugar sem mundo a nos azucrinar. Estamos aqui, desnudos, com os nossos medos, fracassos, diante das conjecturas da vida, tentando decifrar um pouco do que se passa e assola nossas mentes, a dúvida, algo que atormenta sem saber e nos deixa inquietos. Ninguém nos conhece aqui, nem mesmo a aragem nos descortina. Nós dois, somos metade, com ou sem amor, apenas, somos, sentimos, nos calamos e isso para mim é existência encravada, sem alma e sem palavras. Não dizemos nada um ao outro porque silenciar é dizer tudo. Estamos serenos aqui com nossos meneios inocentes e quietos. Aqui é paz e a paz é candura d'alma. Somos níveos você e eu. Ouça: Estar nesse espaço é como estar no Éden da nossa imaginação. Deixemos nossas mentes vagarem nesse empíreo desconhecido, porém, profundo e fundo. Isso é o que nos parece, aqui e agora. Veja! As estrelas apontam no céu e aos poucos cobrirão toda abóbada celeste e por mais uma noite reinam e brilham, longínquas, encantando os poetas que não cansam de vê-las e escrevê-las, quando dos seus soturnos silêncios. Podemos ficar aqui até o amanhecer, você quer?  - Diante de tudo isso ... estás consumido desse nosso silêncio?  

edidanesi
Enviado por edidanesi em 27/09/2022
Reeditado em 14/12/2022
Código do texto: T7615187
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