Predileção pelo caos
O tempo está se esvaindo,
Feito fios de areia em nossas mãos.
A dualidade da correria diária,
Mesclada por horas:
Que vagamos sem pensar em nada,
Talvez seja um desperdício ou não.
A mente à todo momento sobre pressão,
Inúmeras cobranças,
Ou será quimera ilusão?
A sociedade dividida em grupos,
Uns querendo ser mais do que os outros –
Imperfeita disputa.
No contrassenso do poder,
Ao futuro incerto –
Para quê enriquecer?
A realidade utópica,
Vai tomando outra dimensão.
Um mundo às avessas,
Mergulhados na polarização.
Cada qual brigando para prevalecer o seu lado,
Na desvalorização da empatia.
Infundados questionamentos,
A revolta gerada na classe menos abastada.
Aos incautos,
A predileção pelo caos.
A inveja ultrapassando o limite da moral,
Sucessivos erros –
De uma burguesia dissonante.
Implantando o ódio,
Movendo as massas.
Iminente guerra civil,
No trocadilho do atemporal.
Quantas vidas mais serão necessárias,
Para abastecer a sua rede de intrigas?
Reverberando a condensação da maldade,
Alimentando-se da sinergia do medo –
No contrapeso do que soa incomum.
Engordando a estatística,
Ao seu modo de entender:
Apenas mais um.
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