Predileção pelo caos

O tempo está se esvaindo,

Feito fios de areia em nossas mãos.

A dualidade da correria diária,

Mesclada por horas:

Que vagamos sem pensar em nada,

Talvez seja um desperdício ou não.

A mente à todo momento sobre pressão,

Inúmeras cobranças,

Ou será quimera ilusão?

A sociedade dividida em grupos,

Uns querendo ser mais do que os outros –

Imperfeita disputa.

No contrassenso do poder,

Ao futuro incerto –

Para quê enriquecer?

A realidade utópica,

Vai tomando outra dimensão.

Um mundo às avessas,

Mergulhados na polarização.

Cada qual brigando para prevalecer o seu lado,

Na desvalorização da empatia.

Infundados questionamentos,

A revolta gerada na classe menos abastada.

Aos incautos,

A predileção pelo caos.

A inveja ultrapassando o limite da moral,

Sucessivos erros –

De uma burguesia dissonante.

Implantando o ódio,

Movendo as massas.

Iminente guerra civil,

No trocadilho do atemporal.

Quantas vidas mais serão necessárias,

Para abastecer a sua rede de intrigas?

Reverberando a condensação da maldade,

Alimentando-se da sinergia do medo –

No contrapeso do que soa incomum.

Engordando a estatística,

Ao seu modo de entender:

Apenas mais um.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 22/09/2022
Código do texto: T7611746
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