SUPREMA PROVA
Como é difícil evoluir ao sentir no peito a suprema prova que nos onera a vida... Na vez primeira uma sofrida dor, justo quando é batalha perdida, sem saída, um vazio em nós nos invade o peito, um rejeito sem reciclagem em urdidura tecida, os fios da trama neste tear sem saída, um fatal disgrama e nada mais se espera... Com o tempo, à duras penas de dor, inverno, verão e calor, novo vento sopra trazendo alento, o recomeço, com mais tropeços porém com muito viço, feito um andarilho perfeito, em verso e estribilho novas cantigas me invadem o peito, posso evoluir decerto, mas a primeira ruga marcou-me o rosto, como prova inconteste do que não deu certo...
Carlos Lira.