Os meus preciosíssimos momentos de felicidade!...

Será mesmo que a felicidade poderia ser conhecida por outros nomes? Então... Até mesmo porque cada um dos momentos felizes que me acontecem, eu os identifico com seus respectivos nomes próprios.

Isso pode ser assim?...

Dia desses ainda, questionando-me a respeito de minha própria felicidade circunstancial, fiquei sinceramente admirado ao constatar seu dimensionamento linear em todo o decorrer de minha vida. Incrível isso, quando é quase universalmente notório que a felicidade contínua, permanente ou por alongados períodos praticamente inexiste. Nem pensar, então, naquela "outra" felicidade, a vitalícia, aquela que certamente só deve existir na imaginação e doces ilusões dos seres humanos incorrigivelmente ingênuos...

Sei que poucos, bem poucos aceitamos isto, mas a límpida e reconfortante verdade é que em recorrentemente provocados e realimentados curtos períodos, a felicidade existe sim... E todos aqueles que caminharam algumas milhas com você, assim trazendo-lhe felicidade, pode crer que esses também foram felizes, bem felizes! Mas não se esqueca: algumas milhas... Bom mesmo é relembrar tantos momentos felizes que tenhamos vivido! Embora todos saibamos piamente que bem ao contrário disso, são as tristezas e os episódios amorosos e passionais não-resolvidos que mais, bem mais, fazem vibrar os corações poéticos...

Nisso acreditando piamente gargalhei gostosamente quando dei-me conta de estar já a calcular minha já possivelmente alcançada milhagem de felicidade... Assim, considerando minha idade atual somada aos meus tantos e tantos relacionamentos amorosos, boas e proativas amizades cultivadas, mais este meu modernamente "estranho" perfil sonhador, onde todo e qualquer sorriso cortês e circunstancial que me dirijam logo é interpretado como mais um misterioso e poderosíssimo portal para alcançar minha fugidia felicidade eterna, nisso acreditem-me, please! Cheguei à extraordinária conclusão que, devida e criteriosamente somados e deliciosa e imaginariamente estendidos literalmente, os meus recorrentes momentos de felicidade estariam já quase certamente chegando à Lua! Ou pelo menos dando umas três ou quatro voltas ao redor da Terra... Verdade! Isso quase chego a jurar pelo padroeiro dos pequenos, curiosos e amáveis (?) seres extraterrestres. Ir à Lua... Nisso, os norte-americanos se dizem craques! Mas serão mesmo? Esse segredo (ou mentirinha?) eles guardam a sete chaves...

Aliás, e com uma leve apertadinha de memória não duvido que conseguiria nominar todas as benditas criaturas que, ao seu tempo e livre vontade, direta ou indiretamente proporcionaram-me tais preciosíssimos momentos de felicidade. Isso nem se fale ali na minha sempre e sempre amada e jamais esquecida Lapa, onde nasci de minha heroica mãe Chica e vivi plenamente minhas criancice, adolescência e juventude inicial, e lembro de todos como se fora hoje... Mesmo aqui em Curitiba, onde cheguei praticamente pronto para única e exclusivamente competir friamente por um lugar na vida secular, minha natureza prevaleceu na maior parte do tempo, assim protegendo-me (?) do envenenamento da nefasta ambição de conquistas sociais e econômicas a quaisquer custos, assim como do egoísmo e da indiferença pessoal. De minha parte, e nem me importo como acabaram meus incontáveis momentos felizes! O importante foi que eles realmente existiram, e que suas meras lembranças têm maravilhosíssimos poderes para criar mais e mais momentos semelhantes em minha vida, mesmo que com novos e até hoje quiçá desconhecidos protagonistas... Quem sabe... Com a Terra assim, sempre e sempre girando... Numa esquina qualquer... E tudo de bom poderá novamente acontecer! Ah, vocês que também amam sabem que isso é perfeitamente factível.

Pudera tudo isso ainda hoje ser aplicado imensuravelmente, vivido e revivido livremente nos dias atuais, e certamente as pessoas seriam assaz diferentes desse insano e amedrontador produto social que alhures se vê, quase sempre envolvidos nas mais terríveis e mortais competições materiais e ou passionais... Sem esquecer quanto mais ainda eu ficaria feliz ao saber que você, especialmente você, tem lido periodicamente estes meus nemtantoassim poéticos textos publicados nesta ostensivamente ajudadora plataforma online.

Eu posso afirmar que fui feliz, mais que satisfatoriamente feliz no decorrer desta minha vida desatrelada de toda e qualquer ambição desmedida... E olha que nunca me considerei acima de quaisquer parâmetros pessoais e sociais, mormente no que se refere a aquisição de bens materiais, ou de charme irresistível ou beleza pessoal.

E você, você ainda lembra os nomes das pessoas que proporcionaram seus melhores e quiçá vitaliciamente vivos e palpitantes momentos de felicidade?

Abraços,

Armeniz Müller

...Oarrazoadorpoético.