Onde os sonhos vão para morrer
Naquele município nada progride, nada se destaca e nada realmente importante acontece.
Os nativos, se quiserem vencer, precisam sair em busca de seus objetivos, já que esse é local do fim.
Os que, inocentemente, chegam almejando sucesso, logo se frustram.
Alguns residentes conscientes da limitação imposta pelo lugar, tentam mudar a coisas, mas não conseguem, pois isso seria contrário às condições que apagam qualquer pequena chama de êxito.
Os conformados apenas se arrastam, acostumaram-se à mediocridade e nem pensam em lutar contra a cruel realidade, por preguiça, falta de ambição ou forças.
Abaixam as cabeças, resignados à inutilidade de olhar para cima, pois mesmo em dias ensolarados, o céu permanece cinzento revelando os anseios mortos irremediável e constantemente.
Você pode querer, você pode até tentar, mas nesse território suas vontades virarão pó e assim seu interior vai morrendo aos poucos, numa agonia torturante até que você desista de tudo.
Até que você desista de ser você mesmo, desista de querer conquistar o que quer que seja.
Afinal, você está na cidade, na infeliz cidade em que todos os sonhos do mundo vão para morrer.