DOR DA FINITUDE *

Turíbio, amigo! Seguem meus mais sinceros sentimentos de pesar, porém não posso chegar tristonho em tua dor, apenas ternamente humano para balbuciar que a finitude é um eterno recomeço.

O que dói no corpo é a volátil ânsia de que sejamos eternos. E o somos efetivamente.

Todavia, enquanto ainda passageiros neste plano terrestre, não conseguimos ter consciência de que o darma e o carma nos ensinam para o reencontro.

Vai destas lonjuras do sul do mundo (das invernias) minha mínima e pobre palavra. Humana e igualitária para todos possíveis percursos.

Neste momento de liquidez derramada, fazer o Bem pode estar na fortaleza da palavra, a única digital em eternidade.

Por ora, o abraço sem graça denuncia o quanto somos precários de esperanças.

MONCKS, Joaquim. A MAÇÃ NA CRUZ. Obra inédita. 2022.

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