...cafezinho...
O quê deve estar contido, num bom golinho de café?
E o quê deva estar impregnado
Além de seu odor agradável?
...seu gostinho e aspirações
Olores intrínsecos da mata
De um fruto de incomparável sabor
Transcendidos, grãos torrados
De calores e sensações
A fazer-se dele, soltinho pó!
Carinhosamente acondicionado
Pra ser consumido e apreciado
Numa lata reservada
Acompanhado de “pão de ló’.
E quando... Quando é que ficará pronto?
...já revirando minha mente
Atentar pra não se passar do ponto
Pois já me vem parte de seu frescor
Te acalmes, breve um sinal verás a frente
Por despertos alaridos urrados
Duma rodada e barulhosa chaleira
Alarmando hora da entrada ao coador
Pra filtrar, drenar e deleitar seu suco
Que ao espraiar-se, e tomar casa inteira
Ziguezagueando pelos corredores
Enfim!
Eis que já será servido
Assim como devam ser bem sorvidos
Os líquidos aprazíveis aos amores!
E como deva ser bebido após se dar seu preparo?
Como um chazinho quentinho
No “ponto” certo, e equilibrado
Manando caldinho meloso
Vindo a ser bem degustado
Em segundos, dominando
Duvido ter perfume mais cheiroso
Tal qual esse supra sumo
Docinho e acastanhado
Que ao imergir n’agua fervente
Vai atiçando toda gente
Pronto!
Ummmmm...sinceramente...
Espero que tenhas gostado!
E o quê provocará a magia de seu poder?
Vão destilando-se emoções
Trazendo paz em parca calma
Carmas de uma santa bebida
Ao exalar seu deleitoso aroma
Uma onda gostosa se espalha
Espargindo aragem fervida
A jorrar fantasias das almas
Por todas frestas e ventanas!
Além de seu poder milagroso
De fervores alucinantes
De cheiro e debitar gostoso
Com poderes de curar feridas
Aviventando no agora, o ontem
Adentrando por nossas ventas
Duvidando, se há, quem o dispensas
Bebida afeita e acalorada...
Das inspirações, à grandes epopeias
Dos sonhos, para os amores
Dos poemas, para uma vida eterna!