Clamor estressante

Supremacia engatilhada,

Democracia ameaçada.

Vil realidade,

A perversidade.

Aos incautos,

Mostrando a verdadeira face.

O inferno –

Desabando sobre as nossas cabeças.

Longínquas fantasias distorcidas,

Bombardeando-nos a mídia.

Como distinguir o que é real,

Ou fake news?

Ameaças aterradoras,

Nadando contra a correnteza –

De um mar de lama.

Levados à revelia,

Julgados como se fôssemos um nada.

Seres desprezíveis,

Lembrados em um momento oportuno.

À mercê de sórdidos planos,

Palavras doces,

Usadas no momento certo.

A falsidade impetrando,

Cortina de fumaça -

Famigerado teatro.

Quantos votos,

Contabilizados nas urnas?

Uma população iludida,

Não sei com o quê.

Acreditando em um monte de mentiras,

Promessas esquecidas com o tempo.

O desgaste sub-humano,

Acontece ano após ano.

Desacreditados –

Quando se deu o engano?

São as semelhantes histórias,

Seguindo as disfarçadas trajetórias.

Onde haveria maior leveza,

Gera um clima pesado de resiliência.

Na obrigação de provarmos o que somos,

O tempo inteiro.

Perante a justiça,

Um clamor estressante.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 15/09/2022
Código do texto: T7606386
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